Caracterização do Curso

Objetivos

O Programa de Pós-graduação em Comunicação e Inovação Social do Centro Acadêmico do Agreste tem por objetivo formar professores e pesquisadores no campo da Comunicação e Inovação com ênfase em aspectos teóricos e metodológicos que possibilitem o avanço científico da comunicação. A qualificação adquirida permitirá que o egresso compreenda, reflita, analise e intervenha sobre a inovação nos fenômenos comunicacionais relacionados à mídia, bens, serviços e fenômenos culturais.

Os objetivos específicos são:

  • a) Contribuir para formação de professores e pesquisadores para atuar na educação superior na área de Comunicação e Inovação;
  • b) Fomentar as pesquisas e a produção científica no campo da Comunicação e Inovação para permitir a evolução do conhecimento nessa área, em específico para o enfrentamento dos desafios da campo da Comunicação atual em um cenário de cultura de inovação em novos fluxos comunicacionais e indústrias criativas amparado pela necessidade de inovação social e o desenvolvimento dos territórios;
  • c) Formar pesquisadores aptos a desempenhar funções de docência e propor estratégias pedagógicas inovadoras em cursos técnicos e superiores na área de Comunicação, além de disseminar a cultura da pesquisa pelas instituições de ensino locais.
  • Formação Pretendida e Perfil do Egresso

    O perfil do egresso compreende um profissional com o saber necessário para conduzir pesquisas com emprego de ações reflexivas, conectadas à teoria e métodos, que se destaque por seu caráter inovador no enfrentamento dos problemas do campo da Comunicação. Também, com a conclusão do mestrado, a formação permitirá a atuação do profissional em instituições públicas ou privadas para atuar na observação e identificação de situações problemas que requeiram um olhar crítico da Comunicação. Na docência, os profissionais egressos serão habilitados para ministrar disciplinas na área de Comunicação e Inovação. O profissional estará apto a utilizar em sala de aula os conhecimentos adquiridos durante o curso para que o saber seja construído em sala de aula a partir de discussões com os alunos.

    Descrição sintética do esquema de oferta de curso

    Créditos obrigatórios: 24 créditos, sendo 12 em disciplinas obrigatórias e 12 em disciplinas eletivas

    Disciplinas: 20 disciplinas totais oferecidas pelo Programa

    Dissertação/Tese: Dissertação

    Vagas por seleção: 22

    Equivalência hora/aula: 15h equivalem a 1 crédito

    Sobre créditos para titulação, disciplinas, vagas, critérios de seleção e prospecção de novos alunos:

    Créditos para titulação: O aluno terá que cumprir um total de no mínimo 24 créditos para conclusão do curso, entre créditos de disciplinas obrigatórias e eletivas. As disciplinas obrigatórias contabilizam 12 créditos (Teorias e Métodos de Pesquisa em Comunicação e Inovação, Seminário de Pesquisa e a Disciplina Obrigatória da linha de pesquisa ao qual o estudante está ligado, podendo ser Cultura de Inovação em Novos Fluxos Comunicacionais ou Indústrias Criativas e Territorialidade). Os outros 12 créditos devem ser cumpridos em eletivas.

    Disciplinas

    O programa possui um total de 20 disciplinas (presenciais), sendo duas disciplinas obrigatórias para todas as linhas de pesquisa (Teorias e Métodos de Pesquisa em Comunicação e Inovação e Seminário de Pesquisa). Além das obrigatórias para as duas linhas, há mais uma obrigatória para cada linha de pesquisa. O estudante vinculado à linha deverá cumprir os créditos da disciplina obrigatória de sua linha de pesquisa, sendo Cultura de Inovação em Novos Fluxos Comunicacionais para estudantes da linha 1 e Indústrias Criativas e Territorialidade para alunos da linha 2. Os demais créditos devem ser pagos nas eletivas de linhas. A linha 1 tem as seguintes disciplinas eletivas: Análise da Inovação de Conteúdos em Novos Fluxos Comunicacionais, Comunicação e Inovação Social, Inovação na Produção, Distribuição e Consumo Comunicacional, Cultura, Imagem e Inovação Social, Tecnologias da Comunicação, Mídia e Subjetividade, Comunicação e Sociologia das Disposições Sociais: Teoria e Prática e Mídia, Identidades e Diversidade.

    A linha 2 tem as seguintes disciplinas eletivas: Significação nos Textos Verbais e Visuais das indústrias criativas, Novos Modos de Produção e Consumo nas Indústrias Criativas, Trocas simbólicas e consumo de bens culturais, Cinema, arte, cultura e sociedade, Música, memória e comunicação, Cinema pernambucano, Territórios visuais na comunicação urbana, Estudos da imagem fotográfica contemporânea – deslocamentos e intersecções possíveis.

    A disciplina Teorias e Métodos de Pesquisa em Comunicação e Inovação será oferecida no primeiro semestre do curso e Seminário de Pesquisa no segundo, como um preparativo para o exame de qualificação. As obrigatórias de linha também serão ofertadas no primeiro semestre. As eletivas serão oferecidas ao longo da formação do estudante de forma que ele possa completar os 24 créditos necessários para formação.

    Disciplinas Obrigatórias

    Teorias e Métodos de Pesquisa em Comunicação e Inovação - 60h (4 créditos)

    Seminário de Pesquisa - 60h (4 créditos)

    Disciplina Obrigatória da Linha 1

    Cultura de Inovação em Novos Fluxos Informacionais - 60h (4 créditos)

    Disciplina Obrigatória da Linha 2

    Indústrias Criativas e Territorialidade - 60h (4 créditos)

    Eletivas da Linha 1

    • Análise da Inovação de Conteúdos em Novos Fluxos Comunicacionais - 60h (4 créditos)
    • Comunicação e Inovação Social - 60h (4 créditos)
    • Inovação na Produção, Distribuição e Consumo Comunicacional - 60h (4 créditos)
    • Cultura, Imagem e Inovação Social - 60h (4 créditos)
    • Tecnologias da Comunicação - 60h (4 créditos)
    • Mídia e Subjetividade - 60h (4 créditos)
    • Comunicação e Sociologia das Disposições Sociais: Teoria e Prática - 60h (4 créditos)
    • Mídia, Identidades e Diversidade - 60h (4 créditos)

    Eletivas da Linha 2

    • Significação nos Textos Verbais e Visuais das indústrias criativas - 60h (4 créditos)
    • Novos Modos de Produção e Consumo nas Indústrias Criativas - 60h (4 créditos)
    • Trocas simbólicas e consumo de bens culturais - 60h (4 créditos)
    • Cinema, arte, cultura e sociedade
    • Música, memória e comunicação
    • Cinema pernambucano
    • Territórios visuais na comunicação urbana - 60h (4 créditos)
    • Estudos da imagem fotográfica contemporânea – deslocamentos e intersecções possíveis 60h

    É importante destacar o alinhamento entre as linhas de pesquisa Cultura de Inovação em Novos Fluxos Comunicacionais e Indústrias Criativas e Territorialidades. As disciplinas oferecidas na linha 1 abarcam discussões centrais para a temática da linha que são primeiramente apresentadas de modo amplo na disciplina de Cultura de Inovação em Novos Fluxos Comunicacionais para então serem aprofundadas nas eletivas de Análise da Inovação de Conteúdos em Novos Fluxos Comunicacionais, Comunicação e Inovação Social, Inovação na Produção, Distribuição e Consumo Comunicacional, Cultura, Imagem e Inovação Social, Tecnologias da Comunicação, Mídia e Subjetividade, Comunicação e Sociologia das Disposições Sociais: Teoria e Prática e Mídia, Identidades e Diversidade. As questões que surgem a partir do tema da convergência e que são tratadas na linha 1 relacionam-se com os novos modos de produção, circulação e consumo no âmbito das indústrias criativas e desenvolvimento dos territórios que são abordados na linha 2. Desse modo, a linha 2 parte da base de entendimento comum do que são as Indústrias Criativas e Territorialidade em sua disciplina obrigatória de linha, para expandir suas investigações nas eletivas Significação nos Textos Verbais e Visuais das indústrias criativas, Novos Modos de Produção e Consumo nas Indústrias Criativas, Trocas simbólicas e consumo de bens culturais, Cinema, arte, cultura e sociedade, Música, memória e comunicação, Cinema pernambucano, Territórios visuais na comunicação urbana, Estudos da imagem fotográfica contemporânea – deslocamentos e intersecções possíveis. As temáticas abordadas nas disciplinas relacionam-se ainda com os projetos de pesquisa dos docentes. Um olhar atento sobre os interesses dos professores da linha 1 revela como estão preocupados com a produção, circulação e recepção de conteúdos inovadores no cenário do intenso fluxo comunicacional entrevisto na sociedade. A mesma sintonia é percebida com o corpo docente da linha 2, que está mais centrado na investigação dos novos modos de produção, circulação e recepção de valores culturais nas indústrias criativas, cenário que se dá a partir da valorização, entendimento e ressignificação da territorialidade.

    Vagas, critérios de seleção e prospecção de novos alunos

    Serão ofertadas 22 vagas na seleção anual.

    O edital de seleção, que constará as vagas e os critérios para seleção dos participantes, será elaborado com base no Regimento do Programa de Pós- Graduação em Comunicação e Inovação Social e nas normas da pós-graduação da UFPE. Os dois documentos seguem anexos a esta APCN. A seleção, em princípio, deverá ter três fases, seguindo as necessidades de adequação das áreas: a primeira será análise de aderência e relevância dos projetos de pesquisa, seguida pela prova de conhecimentos específicos e, por fim, a entrevista. Todas as etapas são eliminatórias. A proficiência em idiomas será exigida do estudante até o exame de qualificação. Nessa época, o discente deverá: 1) apresentar certificado de proficiência em inglês ou espanhol; ou 2) realizar um ano do curso de espanhol ou inglês do Cling, curso de idiomas oferecido pela Diretoria de Internacionalização da UFPE; ou 3) se submeter a uma prova de tradução de texto em inglês ou espanhol. A comprovação da proficiência em inglês ou espanhol será pré-requisito para ser considerado apto para realizar o exame de qualificação. Serão utilizadas mídias on-line para divulgação do processo seletivo do programa. A seleção será proposta de uma forma que viabilize a participação de potenciais candidatos que morem distante, com o uso, por exemplo, de mecanismos remotos para a entrevista. A inscrição também poderá ser feita via Correios.

    Para as estratégias de prospecção de novos alunos, serão ofertados cursos de métodos de pesquisa pelos docentes que estão envolvidos no programa para fortalecer o conhecimento dos alunos, viabilizando a realização de pesquisas mais robustas com o ingresso desses alunos no mestrado posteriormente.

    Também como modo de identificação de possíveis alunos do Programa, de criação de visibilidade para o Póscom e de instituição de parcerias, o Póscom organizará anualmente um evento científico, o Seminário Anual de Comunicação (SAC). A discussão sobre a inovação na comunicação no território do Agreste agregará instituições educacionais da região. Em Caruaru, buscaremos parceria com a Asces/Unita, Unifavip e Faculdade Maurício de Nassau Já no entorno da região, o evento estabelece diálogos com a Universidade Federal de Campina Grande, Universidade Estadual da Paraíba e Universidade Federal de Alagoas. A ideia é atrair alunos das instituições circunvizinhas para conhecerem um pouco mais dos trabalhos desenvolvidos pelos professores vinculados ao curso.

    Além disso, é imprescindível que o evento estabeleça diálogos com empresas de comunicação e cidadãos produtores de conteúdo. Conforme já identificamos anteriormente nessa proposta de APCN, a possibilidade de parceria entre o PósCom e o mercado abarca na região 170 agências de publicidade, dezenas de pequenos jornais e revistas, dez rádios locais e três empresas de televisão. Temos ainda na região espaços de notícias na internet, principalmente via redes sociais, dezenas de blogs, sites, portais e espaços em Facebook, Instagram, e Twitter, produzidos por comunicadores. O diálogo do PósCom com essas instituições, empreendedores locais e pesquisadores firma uma parceria mais sólida entre Universidade e mercado, de modo que o PósCom se estabeleça como um pólo de discussão e crítica de iniciativas comunicacionais inovadoras na região. O evento fortalece, ainda, as parcerias já existentes com a UFPE e que serão agregadas ao evento, com destaque para o Armazém da Criatividade que frequentemente é parceiro e sede de ações do curso de graduação em comunicação que envolvem inovação.

    Além de diálogos, palestras e cursos, o Seminário Anual de Comunicação (SAC) divulgará os trabalhos produzidos pelos alunos e professores do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Inovação Social, fazendo com que o diálogo fomente a interação entre os pesquisadores e mercado, a troca de informações e ideias para realizações de futuras pesquisas.

    Sobre o tempo de duração do curso e créditos

    A duração do Mestrado em Comunicação será de 24 meses. O total de créditos mínimos para conclusão do curso são 24 créditos, que corresponde a 360h, distribuídos em disciplinas obrigatórias e eletivas. As disciplinas obrigatórias totalizam 12 créditos e 180h, os demais créditos (12 créditos) e carga horária (180h) devem ser cumpridos com disciplinas eletivas. O aluno poderá integralizar parte desses créditos em outros programas de pós-graduação, seguindo as orientações do Regimento do Programa de Pós-Graduação em Comunicação.

    Produto Final

    Para a obtenção do título de mestre, o aluno deverá, além de cumprir os créditos propostos, apresentar uma dissertação com destaque para suas características inovadoras, fundamentando teórica e metodologicamente a pesquisa desenvolvida.

    Área de Concentração

    A área de concentração compreende a Comunicação e a Inovação Social como seu objeto de estudo, entendendo a articulação entre esses dois campos de conhecimento como um fenômeno social, simbólico e tecnológico, presente na sociedade contemporânea. Trata-se de um foco de investigação essencial diante dos desafios enfrentados pelo campo da Comunicação e a demanda por iniciativas inovadoras que atendam às constantes necessidades de reinvenção. A inovação na Comunicação está relacionada à nova maneira de produção, circulação e recepção da comunicação a partir de novos fluxos comunicacionais, ao impacto social das novas Tecnologias de Comunicação e Informação, ao novo consumidor (agora produtor de conteúdos), às linguagens e ao modo de produção de conteúdo nas plataformas comunicacionais, à estética, às indústrias criativas, à territorialidade, às novas abordagens teórico-metodológicas de comunicação e também à inovação social que pode gerar mudança social a partir da comunicação. É importante esclarecer que, mais do que pesquisar um “saber-fazer”, busca-se desenvolver um “saber sobre o fazer” que contribua para o avanço do conhecimento com articulação de teorias e metodologias que ajudem a entender os fenômenos contemporâneos.

    Então, esta área explora a articulação entre a Comunicação e a Inovação a partir de quatro pilares: Cultura de Inovação, Novos Fluxos Comunicacionais, Indústrias Criativas e Territorialidade. Eles se articulam em duas linhas de pesquisa que se influenciam reciprocamente na produção de conhecimento referente à Comunicação e Inovação Social: 1) Cultura de Inovação em Novos Fluxos Comunicacionais e 2) Indústrias Criativas e Territorialidade.

    Entende-se que a Comunicação para inovar precisou romper com sua estrutura clássica e investir na cultura da inovação. Isso significou novos modos de se produzir, de fazer circular e do público recepcionar os conteúdos comunicacionais. Tal inovação se alinha com os novos fluxos comunicacionais nos quais a arte, a publicidade, o jornalismo e o entretenimento circulam em novas plataformas, com outra velocidade, utilizando novas estéticas e linguagens e com a possibilidade inovadora de participação do público, de modo a subverter as formas de produção, distribuição e consumo. Essa conjuntura faz parte de um contexto em que as indústrias criativas surgem como solução para o cenário de transformações do ecossistema midiático, valorizando a cultura local com suas novas formas de produção e circulação e contribuindo para o desenvolvimento dos territórios.

    Dessa forma, as pesquisas submetidas nesta área de concentração pretendem investigar fenômenos referentes a novos modos de produzir, distribuir e consumir conteúdos comunicacionais a partir, por exemplo, da linguagem jornalística, publicitária e artística. Essas novas maneiras criam transformações sociais importantes, que interessam ser estudadas sob o prisma da inovação social. Compreende-se também que os conteúdos comunicacionais agem de modo inovador nas indústrias criativas, por isso interessam igualmente pesquisas que investiguem essa área de geração de conteúdos e valores simbólicos e culturais, assim como o potencial de crescimento econômico, desenvolvimento social e local que as indústrias criativas fomentam.

    Linhas de pesquisa

    1) Cultura de Inovação em Novos Fluxos Comunicacionais

    A Comunicação recorreu à cultura de inovação para desenvolver novos fluxos comunicacionais. Com o avanço da Era da Informação, período inaugurado no final do Século XX referente à dinamização dos fluxos comunicacionais, o campo da Comunicação precisou se reinventar com o desenvolvimento de estratégias que atendam às atuais demandas das sociedade em rede e o diálogo entre seus múltiplos meios comunicacionais.

    Esta linha de pesquisa reúne propostas que estudam a cultura de inovação no âmbito dos novos fluxos comunicacionais e as complexas relações que tecnologias, linguagens e produtos estabelecem com a sociedade. A cultura da inovação na comunicação está associada à apresentação de produtos e serviços reinventados, adoção de novos conhecimentos e tecnologias, inéditos métodos de produção e distribuição, novas práticas de negócios, transformadores arranjos sociais e ressignificação dos fluxos comunicacionais, entendidos como processos que dominam a vida econômica, política, cultural e simbólica. Os fluxos informacionais da comunicação consistem em um grande espaço de construção e circulação de sentidos e informações – e, portanto, de construção de realidades simbólicas, imateriais, desempenhando papel-chave na construção da realidade contemporânea.

    Os trabalhos desenvolvidos nessa linha entendem os novos fluxos comunicacionais como um ramo da sociedade em rede que inova ao estabelecer novas formas de produção, circulação e distribuição de conteúdos diante da emergência de mídias conectadas. É interessante apontar que esses estudos podem se preocupar com reconfigurações locais, mas sem deixar de lado essa renovação globalmente.

    Os objetos aqui analisados se caracterizam por reconfigurar os modos de produção, consumo e distribuição de conteúdos comunicacionais sob a perspectiva da inovação em tecnologias, linguagens e transformações sociais em produções de meios impressos, rádio, TV, internet, redes sociais on-line e produções artísticas.

    Interessam, portanto, estudos sobre: adaptações de meios de comunicação diante da emergência de novas tecnologias, linguagens e formatos; despertar de novos formatos e linguagens em gêneros do campo da comunicação; formação de agentes de comunicação para atuar como comunicadores amadores; cidadãos comunicadores; formatação de novas significações em narrativas visuais e audiovisuais; análise de condições de emergências para cultura de inovação em novos fluxos comunicacionais; reconfigurações discursivas diante da necessidade de adaptações dos meios de comunicação; análise das disputas de poder entre produtores e consumidores de informação na atual configuração da comunicação; reivindicação de direitos políticos a partir da comunicação participativa; transformações do campo a partir da cultura da convergência, que inclui múltiplas telas, cultura participativa, internet das coisas, capitalismo de plataforma, redes. Para além dessas possibilidades, estudos que investiguem inovações sociais com iniciativas que escapem às ordens estabelecidas a partir de uma nova forma de pensar ou fazer algo na comunicação.

    Os projetos de pesquisa desenvolvidos nessa linha têm como objetivo compreender a cultura da inovação em novos fluxos de comunicação a partir do estudo das tecnologias, linguagens, gêneros da comunicação e transformações sociais imbricados no corpus a ser investigado, além de identificar tendências e propor metodologias inovadoras para romper com padrões que não contribuem para o avanço da comunicação inovadora.

    Palavras-chave: cultura de inovação, cultura da convergência, jornalismo, publicidade, entretenimento, produções artísticas, novas mídias, cidadão produtor de conteúdo, transmidiação, teoria ator-rede, análise de discurso, semiótica, subjetividade, subjetivação, poder, política identitária como novo fluxo informacional dos meios de comunicação, inovação narrativa.

    Daniela Nery Bracchi

    Doutora e Mestre com pesquisas sobre a Semiótica da fotografia. Professora Adjunta do Núcleo de Design e Comunicação e Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea, ambos da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico do Agreste. Líder do grupo de pesquisa Cultura Visual e Educação (UFPE-CAA/CNPq). Seus interesses de pesquisa abarcam os temas da Imagem e Narrativas Visuais, Fotografia, Cultura Visual e Experiência, Estética, Semiótica e Visualidade.

    Diego Gouveia Moreira

    Professor do Núcleo de Design e Comunicação do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco. É mestre e doutor pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação pela UFPE. Tem interesse em pesquisas com foco na Análise de Discurso, Televisão, Ficção Seriada Audiovisual, Gênero, Sexualidade, Transmidiação, Cultura Participativa.

    Fabiana Moraes da Silva

    Professora da Universidade Federal de Pernambuco, Campus Agreste. Pesquisa hierarquização social e a relação jornalismo e subjetividade. Vencedora de prêmios como Esso e Petrobras de Jornalismo, é autora de seis livros, entre eles O Nascimento de Joicy e A pauta é uma arma de combate (Arquipélago Editorial). Foi repórter especial do Jornal do Commercio. Colunista do The Intercept Brasil. Antes, UOL e piauí.

    Ricardo Augusto de Sabóia Feitosa

    Professor Adjunto do Núcleo de Design e Comunicação do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco. Doutor em Sociologia (UFC) e Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas (UFBA). Concentra os interesses nas áreas de comunicação e cultura de massas, estudos culturais, teorias da comunicação e gênero e sexualidades.

    Rodrigo Miranda Barbosa

    Possui graduação em Publicidade e Propaganda pelo Instituto Superior e Centro Educacional Luterano Bom Jesus Ielusc (2007), mestrado em Comunicação pela Universidade de Brasília (2010) e doutorado em Comunicação pela Universidade de Brasília (2014) na linha de Teorias e Tecnologias da Comunicação. Tem experiência na área de Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: Epistemologia da Comunicação, Teorias da Comunicação, Materialidades da Comunicação, Teoria do Meio, Escola de Toronto de Comunicação, Antropologia da Técnica, Filosofia da Técnica, Harold Innis e Marshall McLuhan. Professor da UFPE-CAA no Núcleo de Design e Comunicação.

    Sheila Borges de Oliveira

    Professora do Núcleo de Design e Comunicação, do Centro Acadêmico do Agreste, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Doutora em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE, mestra em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPE, especialista em História Contemporânea pelo Programa de Pós-Graduação em História da UFPE e graduada em Jornalismo (Unicap) e Publicidade e Propaganda (UFPE). É vice-líder do Grupo de Pesquisa Observatório da Vida Agreste (OVA) e membra dos Grupos de Pesquisa Convergência e Jornalismo (ConJor) e Laboratório de Imagem e Som do Agreste (Laisa). Desenvolve projetos de pesquisa e extensão nas áreas de redes e tecnologias sociais, mídias sonoras, mídias digitais, política, cultura participativa e comunicação e educação popular. É autora do livro O repórter-amador: uma análise das disposições sociais motivadoras das práticas jornalísticas do cidadão comum (2015) e uma das organizadoras dos livros Projeto Conexões: os impactos das novas mídias na comunicação volumes 1 (2017) e 2 (2018), além de ter artigos publicados em revistas e livros acadêmicos. Foi repórter senior e colunista da Editoria de Política do Jornal do Commercio.

    2) Indústrias Criativas e Territorialidade

    O fenômeno da comunicação nas sociedades em rede dá espaço para novas formas de produção, circulação, distribuição e acesso a bens e serviços culturais que configuram o âmbito das indústrias criativas. Esse setor tem visto sua produção crescer em consonância com a noção de desenvolvimento cultural do território, na medida em que promove a diversidade cultural do local onde atua.

    Esta linha de pesquisa reúne propostas que estudam a inovação comunicacional no âmbito das indústrias criativas e as complexas relações que os bens e produtos culturais gerados por estas tecem com a produção de territorialidades. Territorialidades são entendidas aqui como processos que constituem os vários espaços geográficos clássicos, assim como aquelas unicidades formadas a partir de interfaces socioeconômicas, políticas, culturais e simbólicas, considerando-se que territórios de quaisquer naturezas se articulam também por meio de nexos comunicacionais.

    Os trabalhos desenvolvidos nessa linha entendem a indústria criativa como um ramo da economia criativa que inova ao comunicar seus valores por uma variedade de meios, como o audiovisual, a música, a moda e a publicidade, de modo a renovarem os discursos, estéticas e símbolos que circulam no território. O impacto de tal conhecimento não é, no entanto, apenas local, pois essa linha de estudos também olha para as consequências dessa renovação nos valores, cultura e símbolos comunicacionais no contexto comunicacional global.

    Esta linha congrega pesquisas que estudam o papel de diferentes meios de comunicação nas indústrias criativas, na medida em que produzem novas práticas, sentidos, estéticas e símbolos nos bens e serviços criados por esse setor.

    Os objetos aqui analisados se caracterizam por reconfigurar estéticas, discursos e sentidos culturais estabelecidos em diferentes meios comunicacionais como o audiovisual, a música, a moda e a publicidade.

    Interessam, portanto, estudos sobre: indústrias culturais e criativas; novas práticas comunicacionais no âmbito da cultura; comunicação e território; novas práticas e produtos comunicacionais no território; arte e mídia em Pernambuco; identidade cultural e indústrias criativas; memória, patrimônio e indústrias criativas; construção de discurso, estética e valor nas indústrias criativas. Para além dessas possibilidades, estudos que investiguem produtos da indústria criativa que escapem às ordens estabelecidas a partir de uma nova forma de pensar ou fazer algo na comunicação.

    Os projetos de pesquisa desenvolvidos nessa linha têm como objetivo compreender iniciativas inovadoras na comunicação a partir do estudo dos valores culturais, discursos, estéticas e práticas comunicacionais produzidos dentro do âmbito das indústrias criativas. Tomando o território como local privilegiado em que as relações entre comunicação e indústria criativa se dão, os objetos de estudo podem também identificar tendências e propor metodologias inovadoras para romper com padrões que não contribuam para o avanço da comunicação nas indústrias criativas.

    Amanda Mansur Custódio Nogueira

    Professora do Núcleo de Design e Comunicação do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco. É mestre e doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPE. Fez Pós-doutorado no Department of Film, Theatre and Television, da University of Reading, no Reino Unido. Coordenadora do Laboratório de Análise de Imagem e Som do Agreste (LAISA). Autora dos livros O Novo Ciclo de Cinema em Pernambuco: a questão do estilo (2010), A Aventura do Baile Perfumado (2016) e A Brodagem do Cinema em Pernambuco (2019). Ministra oficinas e cursos sobre teoria e prática do audiovisual, além de atuar na área como produtora e curadora. Tem como áreas de interesse acadêmico: História do Cinema e Audiovisual, Som e Música no Audiovisual, Intermidialidade, Cenas Culturais, Cinema Pernambucano.

    Amilcar Almeida Bezerra

    Doutor em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor do Núcleo de Design e Comunicação do Centro Acadêmico do Agreste (CAA) e do Programa de pós-graduação em Música do Centro de Artes e Comunicação (Campus Recife), do qual é atual coordenador. Pesquisa nas interfaces entre Música e Comunicação, com ênfase na relação entre suportes midiáticos, processos criativos, crítica cultural e experiências de consumo. Atua como pesquisador em filmes documentários sobre música. Vem trabalhando em projetos voltados para registro e salvaguarda de patrimônio cultural imaterial ligados ao forró e ao frevo. Coordenou a implantação do curso de Comunicação Social do CAA da UFPE (2015), com ênfases em Mídias Sociais e Produção Cultural. Integrou a equipe de pesquisa e foi co-autor da Instrução técnica da solicitação de registro das matrizes tradicionais do forró como patrimônio cultural imaterial brasileiro (2021).Foi coordenador geral da Associação Respeita Januário de Pesquisa e Valorização dos cantos e músicas tradicionais do Nordeste (2018 a 2021) e membro do Conselho Consultivo para a candidatura do Recife ao título de cidade criativa na área de música, concedido pela UNESCO em 2021.

    Iomana Rocha de Araújo Silva

    Professora Adjunta do Núcleo de Design e Comunicação da UFPE/ Centro Acadêmico do Agreste. Doutora e mestre pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFPE, graduada em Arte e Mídia pela UFCG. Desde 2007 trabalha como diretora de arte em cinema, tendo participado de diversos curtas e longa metragens. Como realizadora, fez o documentário "É o que guardo dele", a ficção "Roda gigante" e o documentário musical "Passeio público". É lider do grupo de pesquisa NIDAA - Núcleo de investigação em direção de arte audiovisual (UFPE-CAA/CNPq). Coordena o projeto de extensão NEAA - núcleo de experimentação audiovisual do agreste. Desenvolve atualmente projetos de pesquisa sobre direção de arte no cinema contemporâneo brasileiro. Suas pesquisas e áreas de interesse envolvem estéticas e poéticas cinematográficas, cinema independente/experimental, arte contemporânea, cinema expandido, hibridismos entre artes e cinema, estudos relacionados à Direção de arte no cinema.

    Juliana Andrade Leitão

    Professora Adjunta dos Cursos de Comunicação Social e Design do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (CAA/UFPE). Doutora em Comunicação (PPGCOM-UFPE) com o projeto: Fotojornalismo e questões contemporâneas (2012-2016). Em 2014 foi bolsista da Capes -Programa Institucional Doutorado Sanduíche Exterior - PDSE na Universitat Autònoma de Barcelona (UAB),(2014). Desenvolve Projetos curatoriais e editoriais no campo da fotografia contemporânea. Atuou como fotojornalista de 2003 a 2011 nos jornais Diario de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Coordena o Projeto Imago e o projeto Imagem Pensativa desde 2019. Organizou e editou o livro Sobre Fotografia e Sertão e o livro Câmera Turva : fotografia em tempo de confinamento. Seus interesses de pesquisa abarcam os temas da Imagem e Narrativas Visuais que abordam as quer da Fotografia Contemporânea, Cultura Visual, Regimes imagéticos, Fotojornalismo e Fotografia documental.

    Maria de Fátima Waechter Finizola Santana

    Designer Gráfica formada pela UFPE e Doutora e mestre em Design pelo Programa de Pós-graduação em Design da mesma instituição. Professora Adjunta do Curso de Design da Universidade Federal de Pernambuco – Campus do Agreste. Sócia fundadora da Corisco Design, onde atuou por 15 anos como designer sênior em diversas áreas do design gráfico. Autora dos livros Tipografia Vernacular Urbana e Abridores de Letras de Pernambuco, ambos pela editora Blucher. Atualmente é uma das líderes dos grupos de pesquisa do CNPq Tipo-grafias: estudos sobre desenho e produção de letras e integrante do grupo Memoráveis: manifestações gráficas afetivas. Tem como principais áreas de interesse acadêmico as paisagens tipográficas urbanas, a memória gráfica e a gráfica popular latina.